Vendas de cimento desaceleram no mês de setembro
As vendas de cimento tiveram curva de desaceleração no mês de setembro. O volume totalizou 5,7 milhões de toneladas, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020. O acumulado do ano (janeiro a setembro) registrou um total de 49,2 milhões de toneladas vendidas, aumento de 9,7% comparado ao mesmo período do ano passado. O desempenho da indústria até agora registrou uma perda de 1,7 p.p. em relação a agosto, reduzindo ganhos de 11,4% para 9,7%, ou seja, queda de 14,9%.
Ao se analisar a venda de cimento por dia útil em setembro, 247,7 mil toneladas, houve crescimento de 1,4% sobre agosto deste ano e queda de 2 % em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os principais indicadores de vendas de materiais de construção, particularmente do cimento, continuam desacelerando em virtude da menor renda da população e crescente endividamento das famílias – atingiu 59,9%, o maior valor de toda a série histórica iniciada em 2005 –, alto nível de desemprego4, diminuição do auxílio emergencial e elevação das taxas de juros e inflação.
“O aumento dos lançamentos imobiliários sustenta o desempenho do setor de cimento, mas impõe cautela para o futuro. É fundamental que haja geração de renda e emprego para manter o fôlego da autoconstrução, continuidade dos lançamentos imobiliários e manutenção ritmo de obras para permanecermos com um alto nível de vendas de cimento. A infraestrutura que pode ser um grande indutor do consumo de cimento, ainda permanece com um desempenho abaixo do necessário”, avalia Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Fonte: Assessoria de Imprensa