22 de fevereiro de 2024

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Por: Apelmat

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Tags: construção, obras imobiliárias

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Categorias: Negócios

Pesquisa aponta onde a construção cresce em 2024

Para os empreendedores do mercado imobiliário, o programa Minha Casa Minha Vida e as residências verticais são as principais apostas do setor para 2024. As informações são da pesquisa “O que o empreendedor imobiliário espera do mercado em 2024?”, desenvolvida no período de 29 de novembro de 2023 a 03 de janeiro de 2024.

Realizado pelo Grupo Prospecta – empresa especializada em estudos de viabilidade para o segmento de Real State – em parceria com o Sienge, solução do Grupo Softplan para gestão integrada de obras, o estudo entrevistou 250 profissionais do ramo, incluindo atuantes em construtoras, incorporadoras, loteamento e desenvolvimento urbano, arquitetos, proprietários de terreno, fornecedores de materiais e profissionais do mercado financeiro.

Oportunidades da construção em 2024

Segundo o levantamento, 52% dos profissionais do setor imobiliário entendem que o programa Minha Casa Minha Vida – retomado em 2023 – será o nicho de mercado mais potencializado do ano. Em seguida estão as residências verticais (18%), a área de loteamento (7%), a compra da 2ª residência (6%) e o desenvolvimento de comunidades planejadas (5%). 

“Para 2024, o Ministério das Cidades prevê a contratação de 187 mil novas moradias em 560 municípios por meio do MCMV. Isso amplia as expectativas do setor por um ano com o mercado mais aquecido, com mais compradores e maior acesso a financiamentos e subsídios do governo”, explica Cristiano Gregorius, Diretor Executivo do Sienge.

Considerando o atual panorama econômico do Brasil, a pesquisa constatou que 48% dos entrevistados entendem que o mercado imobiliário está em um momento de retomada lenta. Há, porém, um certo otimismo e esperança por melhorias, já que 43% acreditam que o setor passará por uma fase de retomada com crescimento elevado.

Há também uma grande intenção de investir no segmento: 89% pretendem empreender ou realizar novos investimentos em 2024, sendo que 49% planejam empreender na área de residência vertical, 10% em loteamento e 8% no nicho de casas e residencial horizontal.

Investimentos por região 

Em 2023, Sudeste (39%) e Sul (26%) foram as principais regiões de investimento do setor imobiliário, segundo a pesquisa. Em seguida, destacam-se Nordeste (20%), Centro-Oeste (13%) e Norte (2%). De acordo com as entrevistas, São Paulo (19%), Santa Catarina (11%) e Minas Gerais (9%) estão entre os estados com maior frequência de atuação das empresas do segmento.

Dificuldades e desafios do setor 

O estudo também se aprofundou entre as maiores dificuldades encontradas no dia a dia do mercado imobiliário. Segundo os profissionais consultados, elas são: burocracia na aprovação dos projetos e licenças (12%), dificuldade de acesso ao crédito (12%) e a área de funding (12%), que fica responsável pela captação de recursos financeiros para determinado investimento. Já em relação ao ano de 2023, a burocracia, a instabilidade política e as vendas foram os maiores desafios encontrados pelo setor.

“Observamos que a demora e a complexidade dos trâmites que envolvem a venda de imóveis, a aprovação dos projetos e a área financeira são grandes dores dessa indústria, que cada vez mais encontra na tecnologia e na digitalização as soluções necessárias para uma atuação mais eficiente e estratégica”, conclui Gregorius.