Obras de transmissão de energia movimentam construtoras
O crescimento de 11% de investimentos públicos e privados em infraestrutura, apontado pela consultoria Inter.B para 2023, inclui vários segmentos. A área de transmissão de energia, com certeza, ganha destaque.
Os leilões realizados no ano passado somaram US$ 3,73 bilhões em investimentos em até 66 meses. A previsão para 2023-24 é de um recorde de US$ 11,9 bilhões na soma de três certames, sendo que o primeiro foi realizado com sucesso no último dia 30 de junho.
É importante lembrar que as obras de transmissão ocorrem em prazos alongados, atualmente entre 36 e 66 meses e envolvem uma engenharia singular para a instalação das torres e linhas de transmissão com quilômetros de extensão. Também entram nesse escopo a construção e ampliação de subestações.
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Trata-se de um mercado específico, com construtoras especializadas e hoje com suas carteiras lotadas, uma vez que o ritmo de dois leilões anuais deve ser mantido, segundo informações do Ministério das Minas e Energia (MME).
Construtoras em obras de transmissão de energia
Outro dado que destaca a importância das construtoras no mercado de transmissão é a sua atuação direta como investidora no setor.
No primeiro leilão desse ano esse grupo de empresas venceu vários lotes, respondendo por cerca de 60% do volume contratado. A informação do site Energia Hoje indica ainda que as vencedoras da área de construção – pela sua especialidade – podem antecipar a conclusão das obras e repassar os lotes entregues para outras companhias.
A legislação atual só permite o processo de transferência após a ativação da infraestrutura. Para empresas de construção que ganharam os lotes, essa antecipação é duplamente positiva: elas passam a ser remuneradas antes do prazo e podem negociar o ativo num mercado disputado.
Apesar da atuação como investidora direta, as construtoras da área de transmissão são parceiras de transmissoras e contratadas no modelo de EPC, respondendo por parte da compra de equipamentos e pelas obras em si.