Demanda por frete rodoviário no agronegócio tem aumento de 4,3%
Segundo o Índice de Frete e Pedágio Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no agronegócio teve um aumento de 4,3% ao considerar o acumulado do ano – de janeiro a novembro de 2020. A movimentação no transporte de cargas apresenta crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas recua frente ao acumulado até outubro, quando apresentou aumento de 6,5%.
A Repom, marca líder em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil, traz mensalmente os dados e as análises do período e, ao analisar o mês de novembro, no comparativo com o mesmo mês em 2019, foi possível notar uma queda de 20,6% no volume de fretes rodoviários no agronegócio. Se comparado ao acumulado do ano, até o mês de outubro, houve um recuo de 1,8%.
Ao considerar os setores de Indústria e Varejo, houve um aumento de 8,6% nas demandas por frete nos onze meses deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. Os números são reflexo da retomada das atividades econômicas no País. “Como previsto, o mês de novembro continuou com forte ritmo, somando 8,5% de alta, porém já revela algum recuo frente a outubro, mês que apresentou 9,7% de aumento no ritmo de transporte de cargas, e uma redução após o pico de setembro, caso bastante pontual na retomada da economia”, pontua Thomas Gautier, Head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil.
Tendo em vista as atividades das principais cidades portuárias do Brasil, houve uma redução significativa no número de fretes, 10,6% a menos do que o mesmo período do ano passado, com maior relevância de baixa no Porto de Itajaí – SC, que apresentou diminuição de 52% no volume de fretes e, no Porto do Rio Grande – RS, que registrou recuo de 65%. “O destaque positivo ficou com o Porto de Itaituba, no Pará, que registrou alta de 97% frente a 2019, completa o executivo.
Pavimentação na Transamazônica
2019 foi marcado por forte redução no volume de fretes na BR-163, também conhecida como ‘Transamazônica’. Em 2020, após pavimentação da rodovia, que vem avançando no sentido Norte, as viagens tiveram uma alta de 21%, considerando o acumulado do ano – de janeiro a novembro.
Com o novo trecho asfaltado, houve um aumento da produtividade no transporte rodoviário, ou seja, um rendimento maior de viagens por mês para o mesmo veículo. Isso implicou também em menores custos operacionais para o transportador e aumento da oferta de transporte, pois a pavimentação e a infraestrutura da rodovia também contriburam para a atratividade de veículos.
Com relação à mão de obra, é importante observar que houve um incremento de mais de 40% de novos motoristas colaboradores de transportadoras na região em 2019 e o número se manteve estável em 2020. Já para os transportadores, o cenário foi diferente – em 2019 houve um aumento no número de empresas atuando na região e, em 2020, houve redução de 24% no número de profissionais autônomos, somando, em números absolutos, um volume menor que em 2018.
“Com estes dados levantados sobre a Transamazônica, fica claro que, melhorando a infraestrutura, foi possível gerar uma profissionalização da operação de transporte com interesse por parte das empresas em investir na região. A partir dessa mudança, o número de transportadores autônomos acabou reduzindo consideravelmente”, afirma Thomas Gautier.
O IFPR é um estudo mensal que atualiza o cenário do frete rodoviário e também das passagens nas praças de pedágios das principais rodovias brasileiras, levantado pela Repom, que intermedia mais de 30 milhões de transações por ano, com mais de 1 milhão de caminhoneiros em sua base.
Fonte: Assessoria de Imprensa