Brasileira se destaca no controle de caminhões autônomos na Vale
Técnica em mineração e atualmente cursando processos gerenciais, Kamila Ferreira da Fonseca, foi a primeira profissional a atuar como controladora de central nas operações em Carajás, na Vale. E, após outro treinamento na Komatsu, voltado para instrução, ela se torna a primeira mulher da multinacional japonesa no Brasil a dar o treinamento e formar outros profissionais. Ela atua desde 2006 no setor e começou como operadora de caminhões e despachante.
Em 2019, passou a atuar no projeto de autônomos como controladora de central e, em 2021, assumiu a função de multiplicadora de controladores de central. Ela se soma a um time de outros cinco colaboradores Komatsu que operam nessa função em Carajás – também há outros nove Vale –, e quatro desse total são mulheres.
Caminhões autônomos
Em 2021, ela aprendeu a controlar a operação de caminhões autônomos em tempo real, criando rotas, desvios e áreas de basculamento e carregamento. Agora, após ter se capacitado pela fabricante dos equipamentos em sua sede, em Belo Horizonte (BH), por colegas de trabalho que vieram dos EUA e Chile, a funcionária da multinacional japonesa retornou como instrutora e já formou outras mulheres como controladoras de central, desta vez funcionárias Vale, que começaram a trabalhar na função no final do último mês.
Em linha com as tendências globais de automatização e com o intuito da Vale e do setor de mineração em tornar as operações ainda mais sustentáveis, produtivas e seguras, a Komatsu trouxe ao Brasil, em 2021, a sua primeira linha de caminhões autônomos. Atualmente, são 14 máquinas em operação no maior complexo de extração de minério de ferro do mundo, localizado em Carajás, no Pará.
Controlados por sistemas informatizados, GPS, radares e inteligência artificial, os caminhões autônomos da companhia percorrem o trajeto entre a frente de lavra da mineração e a área de descarga. Cada equipamento desenvolve ações dentro de suas camadas de segurança, podendo até interromper suas operações, se necessário, até que o caminho seja verificado e/ou desobstruído.
Os sensores do sistema de segurança são capazes de detectar objetos maiores, como obstáculos nas vias de acesso, veículos de pequeno porte, outros equipamentos tripulados, bem como obstáculos gerais nas proximidades da pista. Com isso, situações de risco, como tombamento, atropelamento e colisão, são eliminadas do processo.