24 de fevereiro de 2025

|

Por: Apelmat

|

Tags: sustentabilidade

|

Categorias: Sustentabilidade

7 passos para acelerar descarbonização em edificações

O setor de construção e edificações foi responsável por 21% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 2024, segundo o relatório Status Global para Edificações e Construção, publicado pelo Programa para o Meio Ambiente da ONU (PNUMA). Além disso, de acordo com o mesmo órgão, em 2022 os edifícios foram responsáveis por 34% da demanda global de energia.

No Brasil, segundo a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Governo Brasileiro (Setec), as emissões de GEE do setor de construção e edificações correspondem a 6% das emissões nacionais, totalizando cerca de 139 milhões de toneladas de CO2 anualmente.

O setor de construção, assim como outras cadeias produtivas globais, tem a meta de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e, para isso, precisará evoluir em métodos e tecnologias. Para isso, algumas empresas têm direcionado soluções específicas. É o caso da Trane Brasil, que atua com climatização e controle de temperatura de edifícios.

Leia também:
Índice de 14% de biodiesel na mistura do diesel é mantida pelo CNPE

A empresa apurou, junto à Agência Internacional de Energia (AIE), que o consumo de energia para aquecimento e resfriamento, como ar-condicionado, foi responsável pela maior parte das emissões do setor. Na contabilidade da AIE, os edifícios são somados aos galpões comerciais e, assim, a representatividade nos níveis de emissões globais é um pouco maior do que a registrada pelo PUMA, da ONU, ficando na faixa de 26%.

“A transição para operações de baixo carbono não é simples. Os altos custos iniciais, a falta de conhecimento técnico e a complexidade de integrar novas tecnologias são desafios comuns”, comentou a Trane em comunicado à imprensa. “As emissões de GEE, classificadas nos escopos 1, 2 e 3, abrangem desde gases diretos das operações até aqueles associados à geração de energia e à cadeia produtiva. Trabalhamos para ajudar nossos clientes a reduzir emissões em todos os níveis, conciliando sustentabilidade e desempenho econômico”, completou Giancarlo Delatore, engenheiro de Energia e Aplicação da empresa.

Sete medidas para acelerar a descarbonização em edificações

 Nesse sentido, a Trane listou algumas ações práticas para reduzir as emissões de CO2 em edificações, considerando tanto o período de operação quanto de construção das estruturas. Veja:

  1. Auditorias energéticas: entender onde e como a energia está sendo consumida. As auditorias identificam desperdícios e pontos críticos de melhoria, ajudando a criar um plano de ação personalizado e eficiente.
     
  2. Manutenção preventiva: manter sistemas e equipamentos em pleno funcionamento é essencial para evitar perdas de eficiência, reduzir custos com falhas inesperadas e prolongar a vida útil dos ativos. Além disso, a modernização e substituição periódica de equipamentos antigos são fundamentais para otimizar o desempenho e reduzir emissões.
     
  3. Monitoramento e automação: tecnologias avançadas possibilitam o controle remoto, a análise de dados em tempo real e a gestão inteligente do uso de energia. Sistemas integrados podem ajustar automaticamente a iluminação, o aquecimento ou o resfriamento do equipamento, garantindo eficiência máxima e redução de custos operacionais.
     
  4. Soluções de integração energética: combinar diferentes fontes de energia pode aumentar a eficiência. Por exemplo, sistemas híbridos alternam entre fontes renováveis, como bombas de calor ou reutilização de calor residual, conforme as condições externas. Além disso, o armazenamento de energia térmica permite que calor ou frio gerado em excesso seja utilizado em momentos de maior demanda.
     
  5. Sistema de iluminação: trocar lâmpadas tradicionais por LEDs, que são mais eficientes e duráveis, é uma medida simples e de impacto imediato. Integrações entre iluminação e sistemas HVAC, como sensores que ajustam luzes e climatização com base na ocupação do espaço, também ajudam a economizar energia.
     
  6. Refrigerantes de baixo impacto ambiental: substituir fluidos refrigerantes antigos por opções de última geração, com baixo potencial de aquecimento global (GWP). Lembre-se: sistemas modernos minimizam vazamento.
     
  7. Geração de energia renovável no local: instalar painéis solares ou operar com energia eólica pode suprir parcial ou totalmente as necessidades energéticas da edificação.