Linha amarela cresce 14% em 2024 e deve manter ritmo neste ano
Os equipamentos da linha amarela – assim como as demais linhas de máquinas para construção – apresentaram crescimento no volume de vendas em 2024, segundo dados consolidados pela Sobratema. No total, a linha amarela cresceu 14% sobre 2023, consolidando mais de 36,9 mil unidades vendidas. Já a avaliação que considera todas as máquinas de construção – incluindo autobetoneiras e guindastes – aponta crescimento de 17% sobre o ano anterior, totalizando 59,3 mil unidades.
Com esses números, o ano passado foi o segundo melhor da série histórica de vencas de equipamentos no país, perdendo apenas para 2022, quando foram vendidos quase 40 mil equipamentos da linha amarela e 60,3 mil de todas as linhas de equipamentos.
Cenário positivo
Para 2025, a projeção é de estabilidade nas vendas, de modo que o mercado deve consumir volume semelhante ao de 2024 na linha amarela, com leve tendência de crescimento (cerca de 1%). Já para os demais equipamentos, espera-se crescimento de 4%. No cômputo, o aumento geral do setor deve ser de 2%.
O cenário positivo para este ano deve ser impulsionado pelo desempenho da categoria nomeada como “Big 3 – Best Sellers”, composta por retroescavadeiras, pás carregadeiras e escavadeiras. Essas máquinas representam aproximadamente 76% do total de vendas da linha amarela desde 2019 e devem manter a representatividade nos próximos períodos.
As escavadeiras lideram o trio e, em 2024, teve vendas crescentes no mesmo nível do mercado (13%).
Hilário Sena, da Apelmat
“Esperamos que o mercado se mantenha estável, como tem acontecido nos últimos anos. Alguns pontos de atenção para que isto ocorra são a alta taxa de juros (atualmente em 13,25%); a liberação e continuidade de grandes obras no estado de São Paulo, como o Rodoanel; e o mantenimento do mercado aquecido de obras imobiliárias”, avalia Hilário Sena, presidente da Apelmat/Selemat.
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A expansão dos vendas de equipamentos tem sido alavancada pelas obras de infraestrutura e construção civil. O estudo da Sobratema aponta que as empresas sondadas mantêm expectativas otimistas, embora sem a mesma intensidade de crescimento observada entre 2018 e 2022. “As projeções são favoráveis, mas variam conforme a dinâmica de cada setor dentro da construção”, destaca a associação.
A evolução das vendas ao longo dos anos confirma a resiliência do mercado brasileiro de equipamentos para construção. Em 2022, o setor alcançou um recorde histórico, superando o volume de 2013, que até então havia sido o melhor ano para a Linha Amarela. Esse ciclo positivo tem sido impulsionado pela necessidade de renovação de frota e expansão de obras em diversos segmentos.
Com o bom fechamento de 2024 e projeções otimistas para 2025, a linha amarela segue como um dos pilares do mercado de equipamentos para construção, mantendo-se como referência para o setor e um termômetro do desenvolvimento da infraestrutura no Brasil.
