Campinas e SP estão em plano para melhorar mobilidade urbana
A capital paulista e a terceira maior cidade do estado, Campinas, fazem parte da lista de 21 cidades do Brasil que participam de uma iniciativa para melhoria da mobilidade urbana em grandes municípios. A iniciativa é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério das Cidades, que firmaram acordo de cooperação técnica (ACT). O principal objetivo da parceria é a elaboração de um Estudo Nacional de Mobilidade Urbana.
Atualmente, o déficit de investimentos em transporte público de média e alta capacidade é estimado em mais de R$ 360 bilhões. Para reduzir este número, o BNDES e o Ministério das Cidades querem fomentar grandes projetos de transporte público coletivo, com ênfase na melhoria da qualidade dos serviços e na redução das emissões de poluentes, criando verdadeiros “corredores verdes” em todo o país.
Segundo o BNDES, a parceria com o Ministério das Cidades impactará regiões com mais de um milhão de habitantes, com potencial de melhorar o cotidiano de 80 milhões de brasileiros.
Plano de mobilidade
O acordo prevê a elaboração de uma visão consolidada de longo prazo, com horizonte de 30 anos, para as necessidades de investimentos em sistemas de transporte público de passageiros, abrangendo trens, metrôs, VLTs e BRTs nas seguintes regiões metropolitanas: Distrito Federal e Goiânia, no Centro-oeste; Belém e Manaus, no Norte; Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife, Salvador, São Luís e Teresina, no Nordeste; Baixada Santista, Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, no Sudeste e Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, no Sul.
A parceria visa ainda a integração de tais projetos à carteira de concessões e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do Novo PAC do Governo Federal, estabelecendo um fluxo contínuo de projetos a serem estruturados e lançados nos próximos anos.
O BNDES e o Ministério das Cidades contarão com parcerias de instituições especializadas no setor, como o IPEA, ANTP, ANP Trilhos, Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP) e WRI Brasil, e com o envolvimento dos governos estaduais e das prefeituras das regiões metropolitanas, ao longo de todo o processo.
Os resultados esperados incluem a formação de uma carteira com dezenas de novos projetos, acordos interfederativos entre União, Estados e Municípios, estruturação de lotes e rodadas de projetos de PPP, a partir de 2025, e o aumento nos investimentos em mobilidade urbana, com a meta de atingir entre 0,15% e 0,2% do PIB/ano (a média dos últimos cinco anos foi de 0,06% do PIB/ano).